A arquiteta Gabriela Casagrande comenta sobre as diferenças culturais do Brasil e da Itália no contexto de criação de interiores
Vídeos/Experiências internacionais costumam ser enriquecedoras para os profissionais que buscam ampliar os horizontes em outros países. No caso da arquiteta Gabriela Casagrande, um intercâmbio para a Europa foi o divisor de águas em sua carreira. Após realizar um curso na Itália, ela voltou para o Brasil decidida a expandir seus atendimentos para Milão. Assim fez e hoje conta com escritórios em Curitiba e na capital mundial do design.
Reconhecida por projetos que combinam arte, funcionalidade e estética, Gabriela é referência em criar espaços acolhedores e sofisticados. No bate-papo com as LumberJills no Podcast da Guararapes, ela menciona tendências para a arquitetura, destacando a importância de projetos sustentáveis.
Por atuar em dois mercados distintos, Gabriela ressalta as principais diferenças entre o Brasil e a Itália. Segundo ela, a arquitetura tem algumas particularidades que exigem criatividade para atender às demandas locais, especialmente em Milão. “Os lavabos são praticamente inexistentes nos apartamentos italianos. Os forros de gesso, amplamente usados por aqui, são considerados um item de luxo por lá, sendo mais comuns em obras de alto padrão”, conta.
Gabriela ainda afirma que o clima é outro aspecto relevante na arquitetura italiana. Por ter o inverno rigoroso, as construções priorizam esquadrias duplas para isolamento térmico e pisos aquecidos. Além disso, ela destaca as soluções práticas no processo de compras, visto que em uma única loja é possível encontrar todos os fornecedores de louças, pedras, metais, entre outros materiais.
Enquanto a sustentabilidade ainda é vista como um diferencial no Brasil, Gabriela conta que na Itália isso já é algo consolidado no cotidiano das pessoas e destaca que, no design de interiores, essa preocupação está presente em cada detalhe, desde a estrutura do sofá até os tecidos escolhidos para os acabamentos.
Essa visão sustentável é algo que a arquiteta também valoriza e aplica em seus projetos. “De certa forma, esse é um legado que vamos deixar para o mundo e tenho investido cada vez mais na busca por fornecedores que praticam a sustentabilidade em todas as etapas”, afirma.
Com o tempo e a experiência, Bernardo substituiu a madeira de demolição pelo MDF, que se tornou a base dos projetos. “Além de ser mais fácil de trabalhar, o MDF oferece um visual moderno e valoriza as peças. Quando começamos a produção em série, investi nas ferramentas certas e percebi que esse material faz todo sentido para o nosso negócio hoje”, explica.